Parando para ler a Bíblia, percebi uma história interessante sobre João Batista. E podemos, como em quase todas as passagens da Palavra, tirar lições também desse fato para aplicarmos na nossa vida em determinadas situações.

‘Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus’ [Jo 1:6]

João não era melhor que ninguém, mas era diferente dos demais. Percebe-se isso no próprio texto da Palavra, quando diz ‘surgiu um homem’. Nos nossos dias, também há um homem/mulher de Deus cujo nome é João, Maria, Ana, Fernando, Felipe, Camila....
Homens que Deus levanta e que se destacam espiritualmente, não materialmente. Ele levanta pessoas que o adoram em espírito e em verdade [Jo 4:23].

Devemos apresentar nosso bom testemunho aonde quer que estejamos. Devemos ser apontados como ‘ali vai um homem, uma mulher de Deus’. Devemos andar como Jesus e João Batista andaram neste mundo. João era diferente no vestir, no andar, no falar. Ele testemunhava de Jesus em seu círculo de influência. Ele sabia quem era e por que viera a este mundo.

Quando não sabemos quem somos, acabamos por ouvir outras vozes, como diz Paulo em uma das cartas aos Coríntios, e somos desvirtuados da vontade de Deus. Quando sabemos o propósito para o qual viemos, ouvimos Deus, e Sua voz sempre fala conosco e nos orienta através do Seu espírito.

Devemos conhecer o propósito para o qual Deus nos levantou, ao qual fomos chamados. Exercer nossa profissão não é fácil, em qualquer que seja a área. Todos nós pensamos até em desistir em muitas ocasiões, mas sabemos que ninguém pode nos tirar desse propósito. Situações se levantam contra nós e tentam nos abater, mas nenhuma pedra lançada pelo inimigo atingirá nosso coração. Se, porventura, ainda não conhecemos esse propósito ao qual fomos chamados, busquemos a Deus para descobrir.

O nosso primeiro chamado foi com propósito de salvação; depois santificação [Ts 4:3] , testemunhas [Atos 5:32], dentre tantos outros. Ele nos chama [Is 6:8] todo o tempo, de várias formas, e usa pessoas e coisas para isto.

Em Mateus 11 vemos um João Batista diferente daquele descrito em João: ‘João Batista estava na cadeia e, quando ouviu falar do que Cristo fazia, mandou que alguns dos seus discípulos fossem perguntar a ele: — O senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?’ Um João que pensa em recuar, se analisarmos a pergunta que Ele fez. Somos chamados para ser sal e luz [Mt 5:13,14], santificados em bondade, amor, mas assim como João, somos fracos e na hora da dor sentimos o peso das dificuldades. Se você se sente fraco é porque, assim como João estava, você está preso. Em Rm 4:18-19 lemos que Abraão creu e permaneceu na fé no chamado de Deus. Nossas cadeias e prisões são temporárias. Jesus já nos libertou e não há mais condenação para os que estão n’Ele [Rm 8:1].

E Jesus responde à pergunta, aquilo que João perguntou: diga-o que mesmo preso, o propósito da vida dele foi cumprido, eu estou aqui! ‘Digam a ele que os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e os pobres recebem o evangelho. E felizes são aqueles que não abandonam a sua fé em mim!’ [Mt 11:4-6].

Ele ainda é Deus de milagres, basta que creiamos n’Ele. Jesus continua agindo através da sua vida, mesmo nas dificuldades, mesmo caídos, mesmo quando preso em cadeias. O melhor da nossa escolha por Jesus é saber que jamais estaremos sozinhos [Is 43].

Houve um nome chamado por Deus, e esse nome... foi o seu!

Um beijo,
Duda.