É bem difícil, nos nossos dias, você ver alguém amando o necessitado, o órfão e a viúva. (Tiago 1:27). É bem difícil ver alguém tocando quem ninguém quer mais tocar. Sendo luz.

Mas mudou alguma coisa da época de Cristo?

Hoje, ainda mais que naquela época, a ostentação é a regra. Inclusive no meio cristão, ou 'gospel'. Acontece que, em meio à necessidade de mostrar aos outros o que a sua missão na terra representa, na pressa de se afirmar para o mundo mostrando alguma coisa concreta que adveio do seu ministério, muitos são os que passam a viver de aparências, inclusive de bênçãos aparentes. Já escrevi aqui sobre ostentação. Aparentemente é realmente uma bênção, aparentemente tem muitas pessoas ouvindo aquela música, aparentemente é um preletor abençoado, aparentemente está frutificando. Esse é um verbo que me dá um frio na barriga cada vez que alguém o conjuga: frutificar. Porque, nós, que não vemos como Deus vê, podemos ser facilmente confundidos e achar que o marketing pessoal é bênção, que os números são bênçãos, que os milhões de seguidores são frutos, que o alcance das mídias é o alcance de Deus. Será mesmo? É apenas isso que muitos cristãos tem buscado, infelizmente.


Será que não é fora da internet que esses frutos são produzidos? Uma coisa não anula a outra, já que, nos nossos dias, internet e as mídias são ferramentas de comunicação essenciais. Não estou orientando ninguém a sair da internet, inclusive este blog cá existe... Mas, será que a viúva necessitada está ali? Talvez quem está cometendo suicídio neste momento esteja bem longe da internet... esse setembro amarelo nos fez lembrar que a cada 40 segundos uma pessoa no mundo comete suicídio. É grave, e boa parte da Igreja está preocupada em trocar likes.

Quanto a mim, se eu dependesse de números para atestar meu alcance e a relevância do meu ministério, seria baixíssimo. Mas e as muitas vidas ao meu redor que foram transformadas? Nossa alma vale mais que o mundo inteiro, não é? (Mateus 16:26). Então por que essa busca pelos números deste mundo? (Mateus 6:19,20). E a mudança que acontece em nós mesmos, que geram frutos em nós e através de nós?

Como ouvi em uma pregação recente da Helena Tannure...Aparentemente é lindo. Parece suculento. Nos aproximamos pela beleza e perfeição daquele fruto. Alguns tem um peso muito semelhante ao Verdadeiro. Mas, quando provado, é falso, de plástico, sem sabor, sem aroma, sem semente, sem A Verdade e sem Vida.


Paz!
Duda.

Soundtrack:
O Teu Amor, DT
Árvore de Bons Frutos, Luo