Vamos falar do amor ao qual a Bíblia se refere. Primeiramente não podemos deixar de citar Paulo, que no conhecido texto de I Coríntios 13 descreve lindamente o amor. E as qualidades ao amor por ele atribuídas são bem necessárias, devemos conhecer e viver o amor como ali é descrito.

Deus é um Deus de relacionamentos. Nunca foi um Deus sozinho, já vivia em relacionamento lindamente com o filho e o Espírito Santo antes mesmo da criação. E Deus é o próprio amor, como descrito no livro de João. Por isso também não devemos banalizar a expressão ‘eu amo’. Essa expressão traduz o próprio Deus.

Outro aspecto importante sobre esse amor é que a Bíblia fala de amor como a disposição de pensar e agir para com outras pessoas e para Deus de acordo como Deus nos manda tratá-las. E esse amor, diferente do pregado pela sociedade, não tem nada a ver com emoção, como é o caso do amor dos apaixonados ao qual me referi no início do texto.

Paulo também escreve em Romanos 13, ‘Todos [mandamentos] se resumem neste preceito: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei” [9-10]. Note que o amor é o cumprimento e não a substituição da lei. Não tratamos as pessoas com amor ao invés de seguir os preceitos e Deus, pelo contrário. A Escritura define nosso amor para com Deus da mesma forma. Jesus diz aos seus discípulos em João 14:23, ‘Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra‘. Não disse que a pessoa se sentirá de certa forma ou terá certa emoção. Se a pessoa O ama, obedece. ‘O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos‘ [15:12-13]. Não há nenhuma emoção aqui. O mandamento é amar, e esse amor significa ação heróica e sacrificial em benefício de outros.

‘A Bíblia fala do amor como um ação e atitude, não apenas uma emoção… os cristãos não têm desculpa por não amar, pois o amor cristão é uma decisão de agir no melhor interesse dos outros’. Definir amor como uma emoção deixa alguém com uma desculpa, visto que nossos sentimentos podem oscilar.

Além disso, o amor pregado na Palavra também não tem relação com afinidade. Eu não vou amar meu próximo porque gosto dele ou porque tenho afinidade, eu devo amar para cumprir um dos mandamentos de Deus. Conhecemos tantas pessoas selecionando de quem vai gostar, quem vai tratar bem, quem faz o tipo, excluindo alguém porque não ‘faz o tipo’. Todos os ‘tipos’ foram criados por Deus e Ele manda que nos amemos! Mesmo com diferenças, Ele não fez outro mandamento com exceções. Devemos amar uns aos outros como Ele nos amou, e o amor d’Ele é incondicional.

Sigamos o exemplo.

- Post escrito por mim para o EdT.