Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. 

Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; 
homem e mulher os criou.
Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! 
Encham e subjuguem a terra! E assim foi.
E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom.
Gênesis 1:26-31

Não precisei pensar muito antes de escrever esse texto. 

Começo dizendo que não concordo com boicotes de loja porque, apesar de ter achado de MUITO mal gosto aquela propaganda da C&A, que quis ser inclusiva no troca-troca de roupas entre homens e mulheres, mas fez o contrário ao excluir negras (a única que aparece está sozinha cantando, negro não namora???) e muitos outros grupos de pessoas, que não se sentiram representados. Mas então toda propaganda tem que ter um ruivo, um negro, uma gorda, um cadeirante, um cego, um estrangeiro, um LGBTT, um...? NÃO! Mas se o lema da sua campanha for inclusão, TEM SIM. Boicotar lojas também não me anima porque não atinge as contas das empresas, grandes empresários, muito menos o idealizador de tais campanhas publicitárias, mas atinge o trabalhador que precisa do salário mínimo para sobreviver.

Assisti aos comerciais e não achei que a campanha tem como lema a ideologia de gênero. A empresa também se posicionou no sentido de inclusão, e que a troca era apenas de roupa e não de identidade. Enfim.

O tema Ideologia de Gênero,ou Ideologia de Ausência de Sexo, não é algo novo. Mas infelizmente tem tomado recentemente proporções inimagináveis com o uso da mídia, filmes hollywoodianos, novelas, séries e músicas para potencializar a expansão como algo normal, como direito das pessoas, como algo natural. 

Olha só o que dizem sobre o tema:

 "...é uma crença segundo a qual os dois sexos — masculino e feminino — são considerados construções culturais e sociais, e que por isso os chamados “papéis de género” (que incluem a maternidade, na mulher), que decorrem das diferenças de sexos alegadamente "construídas" — e que por isso, não existem —, são também "construções sociais e culturais". Por exemplo, a feminista Gloria Steinem queixa-se da "falsa divisão da natureza humana em 'feminino' e em 'masculino' (sic). E a escritora francesa Simone Beauvoir pensou a gravidez como “limitadora da autonomia feminina”, porque, alegadamente, “a gravidez cria laços biológicos entre a mulher e as crianças, e por isso, cria um papel de género”."

Ô, gente! Pelo amor do Pai, que pena dessas pessoas que concordam com isso. 

Fomos criados e criadas por Deus com um gênero e um propósito SIM. Esse é um blog cristão e eu tenho a Bíblia como lema, como meu norte, como o ideal. Eu erro? Erro! Eu peco? Peco! Mas entendo tudo isso como ser cristão. O arrependimento como mudança de vida e o perdão disponível a todo aquele que buscar são alentos a nós, falhos, mas não são muletas: levanta e cai, levanta e cai, levanta e cai não é rotina de cristãos! Mas sim a busca por levantar-se e manter-se firme em Deus! Em Suas promessas, em Sua Palavra. Tudo isso são questões espirituais, mas também físicas! Se você não conhece os motivos pelos quais foi criado por Deus, realmente não vai entender o papel do seu útero ou qual a função "arcaica" do casamento.

Mulheres, temos um útero mas não vamos ter filhos porque cria laços biológicos com as crianças! Ah, isso é papel de gênero.

Homens, vocês têm de Deus a função de serem o cabeça da casa, mas não vão ter autoridade porque isso é um papel de gênero. 

SOS!

Até as leis atuais, que tem permitido barrigas de aluguel por casais de homens, que tem considerado paternidade e maternidade afetiva com o novo instituto da multiparentalidade, tem colocado a ideologia de gênero respaldando tais 'progressos'. Afirmar que é cultural o exercício de tais papéis? Só se for o do homem sempre pilotar avião, que hoje mulheres pilotam muito, e se bobear até melhor. Mas é cultural mulher ter filhos? Não é algo natural? Em que período de século eram os homens que geravam filhos? 

Se você é católico, saiba que o Papa Bento XVI se manifestou contra essa ideologia de ausência de sexo por motivos óbvios, a Palavra de Deus é uma só, mas ele ainda explicou motivos:

“De acordo com esta filosofia, o sexo já não é considerado um elemento dado pela Natureza e que o ser humano deve aceitar e estabelecer um sentido pessoal para a sua vida. Em vez disso, o sexo é considerado pela Ideologia de Género como um papel social escolhido pelo indivíduo, enquanto que no passado, o sexo era escolhido para nós pela sociedade. A profunda falsidade desta teoria e a tentativa de uma revolução antropológica que ela contém, são óbvias.

As pessoas [que promovem a Ideologia de Género] colocam em causa a ideia segundo a qual têm uma natureza que lhes é dada pela identidade corporal que serve como um elemento definidor do ser humano. Elas negam a sua natureza e decidem que não é algo que lhes foi previamente dado, mas antes que é algo que elas próprias podem construir.

De acordo a ideia bíblica da criação, a essência da criatura humana é a de ter sido criada homem e 

mulher. Esta dualidade é um aspecto essencial do que é o ser humano, como definido por Deus. Esta dualidade, entendida como algo previamente dado, é o que está a ser agora colocado em causa.

    (…)

Quando a liberdade para sermos criativos se transforma em uma liberdade para nos criarmos a nós 

próprios, então é o próprio Criador que é necessariamente negado e, em última análise, o ser humano é despojado da sua dignidade enquanto criatura de Deus que tem a Sua imagem no âmago do seu ser.
    (…)

A Ideologia de Género é uma moda muito negativa para a Humanidade, embora se disfarce com bons sentimentos e em nome de um alegado progresso, alegados direitos, ou em um alegado humanismo. Por isso, a Igreja Católica reafirma o seu assentimento em relação à dignidade e à beleza do casamento como uma expressão da aliança fiel e generosa entre uma mulher e um homem, e recusa e refuta as filosofias de género, porque a reciprocidade entre o homem e a mulher é a expressão da beleza da Natureza pretendida pelo Criador.”

Enfim, me posiciono CONTRA a ideologia de gênero como cristã e jurista. Já nascemos com sexo definido por Deus e revelado bem claramente através do seu órgão sexual. Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, porém existem leis nos tratando diferente na medida de nossas desigualdades: leis específicas para mulheres, contra violência à mulher por esta ser geralmente mais frágil que o homem; para crianças como o ECA; para  idosos; atendimentos preferenciais à gestantes e para os que tem dificuldades de locomoção... Somos diferentes em gênero SIM, temos papéis diferentes SIM, e nunca vamos deixar de ser e de ter.

Reflitamos!

Um beijo,

Duda.