Acordei, me vesti, fui trabalhar. 

Ok, ok. Há uma infinidade de coisinhas que fiz nesses 45 minutos que resumi em 5 palavras, mas quem se importa?

Trabalhei, pensei em você. Atendi telefones pensando em você. Pensei em você o tempo todo. Pensar é quase metafórico, porque na verdade eu fui todo você. Dá pra respirar uma pessoa? Foi quase isso que fiz o dia inteiro.

Só que... (Sempre tem um porém, um ‘mas’, uma justificativa pra estragar as coisas).

Nos perdemos um do outro. Foi essa a sensação. Você nem lembrou de mim. E se lembrou não me ligou, não me fez sentir lembrado, não me respirou. Eu não sei o que aconteceu comigo agora, porque esse relato parece um desabafo no divã ou algo assim, mas eu queria deixar bem claro que não senti que você lembrou de mim.

 (n.) o nostálgico desejo de estar perto novamente de 

algo ou alguém que está distante, ou 

que foi amado e perdido; "o amor que permanece"

Voltei pra casa, tomei banho e deitei. Eu não vou dizer que dormi porque não dormi mesmo. Não até você me ligar e me fazer sorrir. Eu amo sua voz! Te ouvi, mais ouvi que falei e disse que te acho linda. Não te falei no telefone que me senti excluído, ou que me faltou seu contato durante o dia. Aliás, falei sim, mas resumi tudo isso com ‘saudade’.

Dormi.

Acordei, me vesti, fui trabalhar.

Me atrasei!

Mas hoje vou te ver depois de toda a mesma rotina metódica diária, então estou feliz desde já.

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¹Cartas Aleatórias é uma tag nova por aqui com crônicas e textos aleatórios meus, sobre mim, sobre você ou sobre qualquer pessoa, fictícia ou não.