Ultimamente estou muito mais sensível ao que Deus tem pra falar comigo. Porque Ele usa as coisas, as pessoas e não precisa de muito. Na simplicidade Ele nos toca, nos move, nos leva e nos muda.

Graças a Deus estou cercada de pessoas d’Ele. Não pessoas perfeitas, pelo contrário: somos imperfeitos, cada um de nós tem uma limitação, uma área a ser trabalhada e temos certeza que Aquele que começou a obra há de completá-la [Fl 1:6]. Estávamos em grupo vendo um vídeo da Brenda, no Programa Raul Gil, cantora hoje contratada da Sony Music, mas que na oportunidade do vídeo ainda era ‘caloura’ do programa. E uma amiga, ao assistir o vídeo, comentou da saia curta que ela usava. Não estava nada escandalosa, mas no contexto foi o que ela observou primeiro. Eu refleti rápido e na hora, por ímpeto, respondi: ‘Ela está sendo sal na terra’. E na ocasião estava mesmo. Deus sonda os corações, mas o ser humano é muito visual e, se para alcançar jovens é preciso encurtar a saia e usar a música, que seja. Não se trata de se moldar aos padrões do mundo. Eu penso é que não devemos estar preso a formas; saias longas e cabelos compridos não nos levarão ao céu, tampouco nossas obras [Gl 2:16], mas sim a nossa fé em Cristo Jesus [Jo 8:32].

Outro dia também assisti a um vídeo, em que Marcos Botelho abordou de forma até cômica o fato de muitos de nós, levando ao pé da letra o fato de Deus não querer que vivamos em jugo desigual com outras pessoas [Pv 12:26], nos fechemos num clã gospel. Como se nós fôssemos santos demais para se misturar com quem bebe, por exemplo. Como se a saia curta da crente chocasse o céu, o nosso eu e o mundo gospel. Como se Deus sondasse o visual e os centímetros da saia, apenas. Não seremos como o mundo, nem devemos ser, mas estamos nele. Esquecemos também que o próprio Jesus se misturava [Mt 9:12], Ele veio para isto. Ainda hoje Ele age da mesma maneira, porque ‘Ele é o mesmo de ontem, de hoje e de sempre’ [Hb 13:8].

Continua no próximo post.